Saúde Mental e Seus Impactos na Produtividade das Empresas
No último dia 25, a MentalCorp. realizou no auditório da ACIAJA – Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Jaboticabal, o Seminário Saúde Mental e seus Impactos na Produtividade das Empresas.
Com o apoio do Hospital São Marcos, reunimos em uma manhã alguns dos principais gestores de recursos humanos e empresários da região para tratarmos de temas relacionados à saúde mental e seus impactos em relação à produtividade.
Logo na abertura, o Sr. Maurício Palazzo, Presidente da ACIAJA citou a importância do evento para discutir com as empresas temas que, “até ontem, não eram mencionados na gestão das empresas e agora se tornaram tão relevantes”.
No decorrer do evento, os temas apontaram para as necessidades que as empresas têm de implantarem ações de gestão de saúde mental coordenadas e integradas no entorno do colaborador que devem em alguns casos romper os portões das empresas, sendo levados até a família e a sociedade em que estão inseridos.
“A questão da saúde mental é algo muito mais amplo que imaginamos”, afirmou Coelho, sócio fundador da MentalCorp., empresa especializada que atua no apoio da implantação de programas de saúde mental em nosso país.
Ainda, segundo Coelho, é fundamental que paradigmas sejam quebrados, a exemplo do que nos leva a pensar, ainda em 2024, que a saúde mental está ligada exclusivamente à loucura e aos aspectos negativos de quem possui algum transtorno. Ressignificar isso, quebrando este e outros estigmas ligados ao tema, é fundamental para a melhora da saúde em geral de nossa população.
A percepção da saúde mental como benéfica e integrada no dia a dia das pessoas precisa ser compreendida e, para isso, o ambiente corporativo precisa ser visto como uma peça estratégica. O Governo, mediante legislações importantes, apesar de ainda tímidas quanto aos incentivos, vem dando passos nessa direção, como a exemplo da Lei 14.831, que foi tratada durante o evento. Essa lei certifica as empresas que tomarem ações em direção à implantação de programas de atenção à saúde mental em seu ambiente corporativo. Embora sua implantação ainda não seja obrigatória, ela nos mostra a direção que devemos tomar quanto ao assunto.
Independente da questão legal, o ambiente corporativo lida no seu dia a dia com inúmeros desafios relacionados direta ou indiretamente pelos gatilhos dos transtornos mentais, como o alto índice de atestados, pessoas trabalhando adoecidas (presenteísmo) e os afastamentos. Entre os principais problemas gerados a partir destes pontos estão a queda da produtividade, a oneração com a substituição da mão de obra e o aumento dos custos com planos de saúde e impostos previdenciários, como exemplo o FAP – Fator Acidentário de Prevenção.
Todos esses assuntos foram tratados amplamente durante o seminário, contando também com a palestra do professor e doutor Gerardo M. de Araujo Filho, que discorreu sobre a visão do médico psiquiatra junto ao contexto.
Ao término, constatamos que o tema é rico para novas conversas e que as empresas, de fato, representadas pelos seus departamentos de gestão de pessoas e recursos humanos, devem entrar nesse jogo quanto antes.